Introdução à Clínica Informada sobre Trauma

Que bom que você chegou até aqui.

Eu vejo você, psicóloga(o) ou estudante de psicologia, que sente na clínica os limites da teoria que aprendeu.

Talvez você já tenha se perguntado por que tantos pacientes ficam presos em estados de procrastinação e ansiedade mesmo compreendendo o que pode ser mudado.

Talvez você tenha se sentido impotente diante de alguns atendimentos, ao escutar as dores por trás de histórias graves e complexas.

Esse minicurso nasceu para apoiar você a construir um olhar mais profundo e atualizado sobre o trauma, a começar com o instrumento mais importante que temos na clínica: o nosso próprio corpo.

• ⁠Ancorar o sistema nervoso na fisiologia de segurança;

• Acionar a sensopercepção para reconhecer de forma desidentificada as sensações e emoções;

• Aplicar técnicas de escaneamento corporal e focalização na prática;

• ⁠⁠Diferenciar os tipos de trauma para além do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT);

• Desenvolver o senso de integração necessário após a ruptura traumática;

• Olhar para diferentes reações aos eventos, começando a identificar o estado do sistema nervoso dos pacientes e o tipo de resposta traumática fixada;

• Utilizar as ferramentas de pendulação e titulação para viabilizar o contato com temas difíceis.

• ⁠A olhar para o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso de forma clara e integrada com o seu manejo terapêutico;

• Por que falar e pensar sobre os assuntos não é suficiente e pode desencadear gatilhos traumáticos na psicoterapia;

• Como as técnicas de regulação bottom-up (de baixo para cima) auxiliam no tratamento do trauma com maior segurança, enquanto as técnicas top-down (de cima para baixo) devem vir em segundo lugar;

• Através de exemplos de casos clínicos, a construir o mapa do sistema nervoso dos seus pacientes e a identificar as necessidades específicas de cada caso;

• Como a Teoria Polivagal pode ser aplicada na prática.

• Trazer contorno para as experiências traumáticas, de modo que elas possam ser acessadas com segurança;

• Trabalhar com o conceito da janela de tolerância antes de elaborar explicações ou direcionamentos para os temas que aparecem no consultório;

• ⁠⁠Compreender o que são descargas autonômicas e como podemos utilizar a psicoeducação para informar os pacientes sobre o funcionamento do próprio sistema nervoso;

• Ampliar o seu repertório clínico com ferramentas de desidentificação, focalização, espelhamento e autocompaixão;

• ⁠⁠Fortalecer a sua capacidade de dupla orientação no vínculo, para cuidar não só dos pacientes, mas principalmente do seu sistema nervoso diante dos atendimentos;

• Trabalhar com comportamentos e sintomas desafiadores, como: procrastinação, ansiedade, pânico, dissociação, entre outros;

• Construir um inventário de recursos internos com seus pacientes para ampliar a resiliência do sistema nervoso;

• Reconhecer a diferença entre recurso e fuga.

Eu quero te ajudar a promover esse encontro corpo-e-mente com toda a clareza e segurança necessárias para colocar em prática a sua abordagem. Eu quero que você saiba como identificar e trabalhar com o sistema nervoso, para que o seu planejamento clínico não fique travado.

Isso impacta também na forma como você vai conseguir alinhar teoria e prática durante as suas sessões.

Você sente que as sessões às vezes rodam, rodam, rodam, e não saem do lugar?

Os pacientes já falaram diversas vezes sobre o assunto, já elaboraram o que podem fazer diante da própria angústia, e ainda assim não conseguem apresentar mudanças significativas?

Alguns atendimentos lhe causam desconforto, e mesmo com supervisão e estudos você não sabe o que fazer com isso?

Você percebe o seu coração acelerar ou a garganta apertar diante de alguns temas que escuta durante as sessões?

Aqui eu vou olhar pra você em primeiro lugar.

Vou te explicar o que acontece na sua fisiologia quando você trabalha com a dor do outro.

Vou te guiar por um caminho de regulação para descarregar os acúmulos que ficam retidos no seu sistema nervoso.

Vou te ajudar a identificar, nomear, processar e liberar traumas, e, de quebra, você ainda vai aprender ferramentas seguras para levar tudo isso para os seus atendimentos.

Eu sou Lorrayne Canto, psicóloga.

Venho me especializando há alguns anos no campo do trauma e das práticas somáticas, porque logo percebi que a nossa formação acadêmica não nos prepara para lidar com esse tema tão central na clínica.

O trauma não é só um diagnóstico. Ele é uma marca invisível que fica registrada no corpo, na forma como pensamos, sentimos e nos relacionamos.

A universidade nos oferece boas bases teóricas, mas ainda não nos ensina a reconhecer o trauma como um fenômeno do sistema nervoso. Foi por isso que eu precisei buscar fora: encontrei na Psicotraumatologia, na Somatic Experiencing®, na Focalização do Relacionamento Interior e em percursos Trauma-Informed uma nova forma de olhar para a vida e para o sofrimento humano.

Hoje, o que transformou minha clínica (e o que eu quero dividir com você) é justamente essa compreensão: não é preciso abandonar a sua abordagem para trabalhar com trauma. Esse conhecimento é uma base que deveria estar no currículo de todo psicólogo, porque muda a forma como escutamos o corpo e cuidamos das pessoas.

O minicurso é dividido em três módulos, com aulas ao vivo e espaço para interação:

Onde começa e onde termina o trauma

• Entenda o que é o trauma.

• A diferença entre trauma e traumatização.

• Como podemos pensar no conceito de cura.

Sistema nervoso e as respostas de defesa traumáticas

• Fundamentos neurofisiológicos das reações de sobrevivência (luta, fuga, congelamento, colapso).

• Como essas respostas aparecem no consultório.

• Princípios e práticas introdutórias para escutar o corpo.

• Como trabalhar de forma ética e cuidadosa com as experiências traumáticas.

O trabalho com o corpo integrado à psicoterapia

Durante os encontros, eu vou trazer conceitos e também exercícios práticos que ajudam a integrar o conteúdo.

Vamos explorar ferramentas como:

Pendulação

Para ir e voltar de experiências intensas com segurança.

Titulação

Para trabalhar pequenas doses de desconforto sem sobrecarregar o sistema.

Desidentificação

Para diferenciar a pessoa do sintoma.

DE DESENVOLVIMENTO

DE CHOQUE

TRANSGERACIONAL

RACIAL

SECUNDÁRIO

VICÁRIO

COLETIVO

COMPLEXO

Quero te mostrar como o DSM está desatualizado, e como é urgente entendermos a amplitude dos impactos aos quais nossos corpos estão sujeitos.

A minha prática é construída e se atualiza constantemente com contribuições de:

Esse é o meu diferencial: eu trago para você conhecimentos que não estão disponíveis na graduação, mas que fazem toda a diferença na clínica.

Entre outros pesquisadores pioneiros no campo do trauma e das neurociências.

Meu compromisso é que você se sinta segura(o) comigo para aprender e começar a experimentar esse conhecimento dentro da sua clínica.

As turmas são pequenas para que eu consiga dar atenção individual a cada participante.

Ao final de cada aula haverá um direcionamento de manejo clínico para você praticar nos seus atendimentos. Além disso, teremos um grupo no WhatsApp para acompanhar dúvidas, partilhas e reflexões entre os encontros.

“Foi ótimo ter conteúdos sobre a clínica informada sobre trauma sistematizadas de um jeito tão claro! Também gostei da relação teoria e prática clínica. Além disso, foi muito bom ter contato com colegas que se afinam tanto. Foi um grupo muito interessante e acolhedor.”

“Escrevo pra expressar minha profunda gratidão por você Lo. Pela primeira vez, me permiti explorar e compreender a dimensão da sensação física de uma forma tão profunda e pessoal. Essa nova perspectiva não só enriquece minha prática clínica, permitindo-me uma compreensão mais completa da experiência traumática de meus pacientes, mas também foi incrivelmente valiosa em meu próprio desenvolvimento pessoal. Saio do curso com uma bagagem profissional e pessoal muito mais rica! Muitíssimo obrigada 🫶🏻”

“O curso foi positivamente transformador! Mudou a forma como vejo minhas pacientes, à mim mesma e ao mundo. Poder sentir meu corpo num convite cuidadoso e gentil foi abrir espaço para um olhar honesto, sem necessidade de performance. Poder ser eu mesma, com liberdade para estar exatamente como estava no momento e experimentar isso em mim fez a diferença no manejo na clínica, sem dúvida nenhuma.”

Você pode escolher o momento mais acessível para se inscrever.

ATENÇÃO: as vagas são limitadas para garantir a qualidade do acompanhamento.

Certificado de 6 horas incluso.

Eu quero te acompanhar nesse processo, compartilhando o que venho aprendendo com os maiores especialistas no campo do trauma, e o que já transformou profundamente minha forma de atender e de cuidar.

1. Preciso mudar de abordagem para aplicar o que vou aprender?
Não. Esse minicurso não é sobre trocar de abordagem, mas sobre ampliar o conhecimento para lidar com toda a complexidade de reações que o trauma envolve. O trauma atravessa todas as linhas teóricas, e compreender como ele afeta o corpo e o sistema nervoso é uma base que pode ser integrada a qualquer prática clínica.

2. Esse curso é para mim, mesmo sendo estudante de Psicologia?
Sim. Se você já está a partir do sétimo período, o minicurso pode ser uma ótima forma de se preparar para já iniciar os seus atendimentos com mais consciência sobre os efeitos do trauma. Esse é um conhecimento que eu acredito que deveria estar presente desde a graduação.

3. As aulas ficam gravadas?
Sim. Todas as aulas ficam gravadas e disponíveis por 1 mês.

4. Vai ter certificado?
Sim. Ao assistir todas as aulas você recebe um certificado De 6 horas de participação como um profissional Trauma-Informed. Esse certificado pode ser utilizado como atividade extracurricular na graduação.

5. Como funciona o acompanhamento entre os encontros?
Eu abro um grupo no WhatsApp para que a turma possa compartilhar dúvidas e reflexões ao longo das semanas. Eu ofereço atenção individualizada e estarei presente para acompanhar vocês de perto, porque acredito que o aprendizado acontece não só durante a aula, mas principalmente nos espaços de troca.

6. Quantas vagas estão disponíveis?
As vagas são limitadas para que eu consiga dar atenção individual a cada participante. Eu prefiro manter turmas pequenas, porque isso garante um acompanhamento mais cuidadoso e uma experiência de aprendizado mais próxima.

7. O curso é prático ou só teórico?
É um curso introdutório que mistura teoria e prática. Você vai ter contato com conceitos fundamentais e atualizados dentro do campo de estudos do trauma e das neurociências, mas também com exercícios práticos que ajudam a vivenciar e aplicar os conteúdos na psicoterapia, respeitando o Código de Ética Profissional dos Psicólogos.

8. O que diferencia esse minicurso de outros sobre trauma?
O diferencial está na forma como eu integro os saberes corporais e neurofisiológicos do trauma à prática clínica, respeitando os princípios éticos da Psicologia e a bagagem teórica de cada profissional. As ferramentas que apresento (como a Focalização e a Experiência Somática) não surgiram dentro da Psicologia, e portanto, não seguem um código de ética próprio. O que eu fiz ao longo dos anos foi traduzir e integrar esses conhecimentos ao trabalho psicoterapêutico, de modo que possam ser aplicados de forma segura, ética e compatível com as diferentes abordagens clínicas.

Outro diferencial é que este é um minicurso vivencial, com exercícios práticos de manejo e regulação.

Além disso, durante um mês, os participantes têm acesso direto a mim por WhatsApp para tirar dúvidas, compartilhar experiências e receber suporte personalizado — algo raro em cursos online.

9. O curso substitui uma formação completa em trauma?
Não. É uma introdução, um passo inicial importante para quem deseja se aprofundar depois, ou para quem já tem alguma formação e está encontrando dificuldades para colocar em prática os conhecimentos adquiridos.

Psicólogas(os) e estudantes de Psicologia com experiência de estágio clínico que desejam:

• ⁠Compreender como a resposta do sistema nervoso se molda ao trauma;

• Ajudar os pacientes a mapear a janela de tolerância, reconhecer os padrões somáticos e desenvolver técnicas personalizadas de autorregulação emocional;

• Distinguir o que aparece na clínica entre os estados de luta, fuga, congelamento, colapso, ansiedade por agradar, e como cada uma dessas defesas reflete uma estratégia de sobrevivência única;

• Entender a neurobiologia do estresse e da resiliência para identificar como o sistema nervoso dos pacientes responde aos desafios e à recuperação;

• ⁠⁠Aplicar técnicas de regulação baseadas na neurociência (como aterramento, respiração, práticas de orientação, sensopercepção, desidentificação, pendulação, titulação e focalização) que podem ser aplicados imediatamente nas sessões;

• Fortalecer o vínculo terapêutico e a sua própria presença, integrando ferramentas do sistema nervoso que reduzem o estresse e promovem a resiliência em ambos os lados do relacionamento;

• ⁠Implementar e adaptar as intervenções de regulação emocional aos atendimentos online;

• ⁠Desenvolver habilidades práticas para se tornar um continente seguro e sintonizado de corregulação, apoiando a reconfiguração do sistema nervoso dos pacientes;

• Praticar intervenções que ajudem os pacientes a restaurar o senso de agência, reconstruir a conexão e avançar em direção à vida;

• ⁠Explorar como a própria presença e os ritmos corporais podem criar uma sensação de segurança fisiológica e conexão para pacientes traumatizados.